segunda-feira, 18 de junho de 2012

Dedé defende preservação da Caatinga na Conferência Rio+20


O deputado estadual Dedé Teixeira (PT-CE) participou, entre 18 e 22 de junho, no Rio de Janeiro Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).

De acordo com o deputado, o encontro traz a oportunidade de orientar a sociedade a buscar um novo paradigma de desenvolvimento inclusivo e participativo

A Conferência foi organizada em torno de dois eixos temáticos: A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza e governança para o desenvolvimento sustentável. O encontro tratou também de questões como emprego, energia, cidades, alimentos, água, oceanos e desastres.

Na Rio+20, Dedé integrou um movimento em defesa da preservação do bioma Caatinga. O movimento levou à programação paralela da Rio+20 a Declaração da Caatinga, emanada da I Conferência Regional de Desenvolvimento Sustentável do Bioma Caatinga, ocorrida em 17 e 18 de maio últimos no auditório do Centro de Treinamento do Banco do Nordeste, no Passaré em Fortaleza.

Na conferência regional, o deputado Dedé Teixeira defendeu a aprovação da proposta que transforma a Caatinga e o Cerrado em Patrimônio Nacional e a criação de um Fundo da Caatinga para financiar projetos em benefício da preservação do bioma. Como presidente da subcomissão criada na Assembleia Legislativa para acompanhar a conferência regional, Dedé participou de toda a mobilização que durou um ano para a realização do evento.

Na Conferência Regional “A Caatinga e a Rio+20”, especialistas defenderam a criação de um fundo voltado para financiamento de projetos produtivos sustentáveis, combate à desertificação e apoio à preservação do bioma caatinga. A Declaração foi assinada como o Pacto pelo Desenvolvimento Sustentável da Caatinga, na tentativa de colocar o bioma na agenda mundial de debates sobre o meio ambiente, discutida na Rio + 20.

A Caatinga é um bioma exclusivo do Brasil, assim como o mais ameaçado, visto que 45% da sua área total já foi desmatada, principalmente porque 33% de sua matriz energética provém do carvão da madeira dela extraída. O bioma abriga quase 1.000 espécies vegetais, sendo cerca de 300 endêmicas, ou seja, de ocorrência única nele. A Caatinga, onde vivem quase 1.500 espécies de animais, muitas exclusivas, contém bacias sedimentares com pegadas e outros registros importantes dos dinossauros e do próprio homem primitivo, em centenas de sítios paleontológicos e arqueológicos que provocam uma verdadeira revisão da história do homem no continente americano. É também a morada de povos e comunidades tradicionais. Em interação com o meio, essas populações carregam consigo riquezas e traços culturais regionalizados que marcam a nossa identidade.

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