sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Elmano quer parceria com a União e o Estado





Foto: Waleska Santiago

O candidato do PT contou, ontem, com a primeira participação da prefeita da Capital em um ato de sua campanha

Somente com os recursos municipais, Fortaleza não tem viabilidade. A observação é do candidato do PT à Prefeitura da Capital cearense, Elmano de Freitas. O petista aposta em parcerias com os governos Federal e Estadual para tocar grandes obras na cidade, defendendo também as Parcerias Público-Privadas (PPPs).

Em quase oito anos da atual administração, nenhuma grande avenida foi aberta para desafogar o trânsito na Capital. A Prefeitura também teve dificuldades em terminar algumas obras prometidas, como o Hospital da Mulher, que está sendo inaugurado no fim do segundo mandato de Luzianne Lins, além de outros projetos que não terão tempo de serem entregues à população até o fim do ano, como os seis Centros Urbanos de Cultura, Arte, Ciência e Esporte (Cucas).

O candidato aponta a burocracia como principal entrave, mas também a falta de recurso. No que pese ao setor da mobilidade urbana, de acordo com Elmano, não faltou vontade nem planejamento, mas recurso que garantisse obras de grande porte como as que estão prevista para a Copa do Mundo.

Ele alega que a Prefeitura não ficou parada, apostou no Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor) da época do ex-prefeito Juraci Magalhães que, segundo destaca Elmano, está fazendo a recuperação de avenidas com drenagem e vai viabilizar as faixas exclusivas para a circulação dos ônibus.

Agora, com a Copa do Mundo, o candidato informa que a Prefeitura apresentou vários projetos na área da mobilidade. "Vamos ter a ampliação da Alberto Craveiro e a recuperação da Dedé Brasil e da Paulino Rocha, na mesma lógica da Bezerra de Menezes. Vamos construir o viaduto da Raul Barbosa com a Murilo Borges, acabando com sinais e vou fazer o viaduto da Dedé Brasil com a Germano Frank e a Osório de Paiva".

O recurso para todas essas intervenções, R$ 262 milhões, já estão em caixa, garante Elmano e vieram do Governo Federal e do financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mas essas obras só serão possíveis, deixa claro Elmano, porque Fortaleza é sede da Copa, do contrário, assegura, esses recursos não estariam à disposição da Prefeitura.

"Projeto nós tínhamos, a grande dificuldade que nós temos nessa área é o financiamento de grandes obras que envolvem milhões de reais", ressaltou o candidato. Como a verba para grandes obras não é fácil de garantir, Elmano disse que vai apostar nas PPPs para viabilizar outras intervenções para a cidade que não estão no plano da Copa do Mundo de 2014.

Ele disse pretender construir túneis no entroncamento da Praça Portugal para a passagem dos veículos, deixando assim, a Praça livre para os pedestres. Outra ideia é fazer camelódromos e estacionamentos subterrâneos no Centro da cidade, também através de PPPs.

Deficitária
"O Município não tem recurso, sozinho, para um investimento desse porte. Fortaleza é uma cidade deficitária, o que arrecada de IPTU não paga o IJF. Portanto, uma cidade que seu IPTU não paga o IJF é uma cidade que não tem capacidade de investimento em grandes obras. Por isso, me espanta muito que alguns candidatos digam que vão fazer milhares de coisa, acho que é desconhecimento profundo da realidade financeira da cidade", avalia.

O candidato entende ser necessário fazer uma reforma tributária na cidade, mas mesmo assim, acredita que Fortaleza por muito tempo necessitará de parcerias com o Governo estadual e com a União. "Isso é da estrutura econômica da cidade, não reconhecer isso é não conhecer o orçamento de Fortaleza", disse.

Populosa
Elmano argumenta que Fortaleza ainda é uma cidade pobre, que tem arrecadação limitada, alertando que somos o Município que recebe o maior repasse do Fundo de Participação do Município (FPM) do Brasil, porque somos a cidade mais populosa, com maior numero de pobres do País. "Somos a cidade com maior contingente de desigualdade e pobreza do País e uma cidade que tem arrecadação financeira ainda muito pequena", observa.

Elmano alerta que se a Prefeitura não tivesse apoio do Governo Federal não seria capaz de manter nenhum hospital, quanto mais o Hospital da Mulher, que ainda será inaugurado. "Nenhum Município hoje, é capaz de fazer manutenção e ampliação dos serviços de saúde sem apoio dos governos Estadual e Federal e, no caso de Fortaleza, é mais grave porque ela é a única Capital do País que tem oito hospitais mantidos pela Prefeitura e um hospital de urgência e emergência, praticamente mantido pela Prefeitura", considerou.


Fonte: Diário do Nordeste

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