A presidente Dilma Rousseff reafirmou, nesta quarta-feira (13) o compromisso dela de enfrentar a crise econômica mundial preservando o meio ambiente e incluindo economicamente a faixa mais pobre da população brasileira. A defesa do modelo de desenvolvimento adotado pelo Brasil desde o governo Lula aconteceu durante a abertura da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que acontece na capital carioca até a próxima sexta-feira (15).
“Não consideramos que o respeito ao meio ambiente só se dá em fases de expansão do ciclo econômico", disse a presidente lembrando o compromisso de campanha de "crescer, incluir, preservar e conservar" enquanto chefe-maior do Executivo nacional. "Diante das crises é necessário que tenhamos a consciência que não tem desenvolvimento possível feito na base de ajustes que só prejudicam pessoas, de ajustes que só prejudicam a preservação do meio ambiente ou da biodiversidade”.
Para Dilma, o Pavilhão Brasil trará exemplos concretos de como o país cumpre os próprios compromissos na área ambiental, motivo pelo qual foi escolhido para sediar o evento mundial. “Esse país é um país que quer discutir. Não tem a pretensão e soberba de querer ter todas as respostas, mas apresenta uma resposta possível, que nos consideramos que é, pelo menos até onde a nossa vista alcança, no passado e no futuro, um dos melhores modelos que nós conseguimos, e queremos compartilhá-lo com o mundo”, completa.
Exemplos de que o Brasil é modelo de conservação ambiental não faltam. Atualmente, pelos números das Nações Unidas, o Brasil concentra 12% da quantidade de água doce mundial, 70% do país ainda é coberto por vegetação original, além de 90% da geração de eletricidade e 45% do total demanda energética serem atendidas por fonte de energia renovável. Por fim, 95% dos carros novos vendidos são do modelo flex, que permitem o uso tanto de gasolina quanto etanol, e 97% das latas de alumínimo são recicladas.
Congresso Nacional
Para o deputado José Guimarães (PT-CE), que é vice-líder do governo na Câmara, o Brasil precisa consolidar na Rio+20 uma "postura pró-ativa na compreensão daquilo que queremos para o mundo". Segundo cita, "o Brasil está crescendo mais do que a média internacional e continua preservando ainda mais".
"Preservar, nos termos colocados pela presidente Dilma, é central. A nossa presidente defende veementemente a garantia de condições de produção, alinhadas com o desenvolvimento, econômico e social, e se sustenta no pilar que é da compreensão de que preservar e incluir a população são desafios não só para o Brasil, mas para todo o planeta", acredita.
Segundo revelou, os resultados que serão obtidos pela Rio+20 podem, ainda, sensibilizar o Congresso Nacional a votar uma proposta centrada naquilo que o governo propõe para o Código Florestal, "que propõe uma visão coletiva de desenvolvimento sustentável".
"[Neste século] É uma oportunidade única para o Brasil, que protagoniza uma tese que deve se galvanizar no mundo inteiro nos próximos anos: crescer com sustentabilidade, preservando o meio ambiente, e distribuindo renda", opina.
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